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  • Foto do escritorPimen Nakano

Depressão: o que é (de verdade) e como tratar

O que é, de verdade?


Eu não vim falar que a depressão é uma doença psiquiátrica crônica que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Isso você já deve saber e é um dado que pode fazer com que você sinta que é apenas mais uma pessoa qualquer, aceitando isso na sua vida.


Meu nome é Pimen, sou uma ex-suicida e durante 15 anos eu sofri dessa doença insuportável. Eu vou falar, sob a minha visão, o que de fato é a depressão.


Você tem um gato de estimação ou já visitou algum amigo ou parente que tenha? Caso não, apenas imagine a situação: você está lá, tranquilo, mexendo no celular ou computador, quando de repete o gato pula no seu colo. Por mais que você fale para ele sair, ele não vai, ele está muito confortável ali. Se você não arrancá-lo do seu colo, ele vai ficar ali pra sempre.


E assim é a depressão: você não percebe chegando, ela vem sutil, e de repete te domina. Não importa o que você fale, ameace ou pense, ela vai continuar ali; é preciso ter uma atitude e uma grande força para arrancá-la daí, e é aí que mora o maior problema: nesse estado, a força é praticamente nula.


Um homem não sabendo lidar com as suas emoções e pensamentos

Se eu pudesse resumir em uma frase o que é a depressão, pra mim seria: um buraco negro que te consome de dentro para fora, até não sobrar nada. Porque, assim como o buraco negro, ninguém sabe de onde vem ou por que, e muito menos para onde as coisas sugadas estão indo; só sabem que o que tinha ali (felicidade e alegria, por exemplo), não está mais.


Porém, entenda: depressão não é igual à tristeza. Tristeza é algo que você sente quando algo que te machuca, é algo pontual, justificável; e muito se engana se você acredita que precisa reprimir essa emoção. Assim como a raiva ou o medo, as emoções não devem NUNCA ser reprimidas, por pior que pareçam ser; elas precisam ser compreendidas.


Você já assistiu ao filme animado Divertidamente? Caso ainda não, eu recomendo com todas as minhas forças que você assista. Ele te ajuda a entender o papel de cada emoção e como que é importante deixar-se sentí-las; inclusive as "negativas".

cartaz do filme Divertidamente

Caso você, assim como eu, adore ler, um livro que eu recomendo fortemente é Permissão para Sentir, de Marc Brackett. Ao final deste mês de Janeiro, os meus mentorados completarão a leitura deste livro completo, entendendo muito mais sobre as emoções e como lidar com cada uma delas.


O que causa a depressão?


Como hipnoterapeuta, eu percebi um padrão: enquanto a ansiedade é excesso de futuro, a depressão é excesso de passado; é quando você vive e revive o tempo todo as coisas que já aconteceram (ou que nunca aconteceram), pensando em como deveria ter feito diferente, ou "curtindo" as dores dos eventos passados.


E tudo isso existe uma raíz: traumas de infância. E quando eu digo trauma, não necessariamente é algo muito pesado, pode ser algo aparentemente banal aos nossos olhos de adulto. Vou dar o exemplo do que aconteceu comigo:


Eu sempre fui muito diferente do padrão do que se considera uma pessoa normal: nessa época, eu me vestia igual a um menino, com roupas bem largas e pretas, cabelo liso escorrido dividido no meio, correntes de rock penduradas na calça e pulseiras punk com espinhos. Você sabe muito bem que crianças têm uma certa dificuldade em aceitar o que é diferente, então eu sofri muito bullying. As meninas riam de mim, faziam fofocas, espalhavam mentiras, me humilhavam, faziam de tudo para que ninguém se aproximar de mim. E, na verdade, nem precisavam fazer muito esforço para isso, porque em qualquer lugar que eu ia (fora da escola, inclusive) as pessoas evitavam ficar perto de mim.


uma menina sofrendo bullying

Eu tinha uma dificuldade extrema de fazer amigos porque ninguém se aproximava ou se abria para me conhecer, só por causa da minha aparência e do jeito que eu me vestia. Eu não conseguia me sentir pertencente a nenhum lugar ou grupo. E nós, seres humanos, somos seres sociais, temos a necessidade de nos sentirmos pertencentes. Guarda muito bem: esse foi o meu primeiro trauma de rejeição, que se repetia o tempo todo e me fazia chorar muito.


A minha mãe, vendo tudo isso, tentou me convencer para eu mudar o meu jeito de vestir, poque ela viu isso como uma solução para eu parar de sofrer. Claro, se eu me vestisse "normal", ninguém teria motivo para fazer chacota. Porém, o que o meu cérebro entendeu? Que "nem a minha mãe me aceita", por mais que a intenção dela tenha sido positiva. E esse foi o meu segundo trauma de rejeição.


Em casa, eu estudava muito, meu pai me forçava a estudar para ser a melhor da turma. Eu tinha que tirar 10 em tudo, e nunca me esqueço do dia em que ele me acordou de madrugada para decorar a tabuada. Isso me fazia sentir insuficiente, que eu nunca seria boa o suficiente, que sempre ficaria correndo atrás da nota 10 (não só na escola) e que o meu pai só se sentiria orgulhoso se eu alcançasse o impossível. E esse foi o meu terceiro trauma de rejeição.


Entenda: o seu cérebro sempre vai arrumar soluções para lidar com os seus problemas emocionais. Mas quase sempre são decisões muito ruins. Neste meu caso, o problema era o sentimento de rejeição, certo? Então, a solução que ele arranjou foi me isolar e não tentar me aproximar de mais ninguém, desenvolvendo dentro de mim a depressão.


Observe agora a lógica, imagina o meu cérebro pensando "bom, se o problema é ser rejeitada, ela não vai ser rejeitada se não chegar perto de ninguém". Ele está errado? Não, mas concorda que foi uma solução bem ruim? Então, o meu cérebro começou a maquinar para alimentar essa solução. Eu me sentia não-pertencente a nada, a nenhum lugar ou a um grupo, não me sentia nem pertencente a este mundo e a esta vida.


uma ideia na mente

Agora você deve estar pensando: mas, Pimen, eu não decidi tudo isso! Claro que não, tudo isso acontece de forma inconsciente. E quem é responsável por 95% das nossas decisões, atitudes e comportamentos é o nosso SUBCONSCIENTE, uma "camada mental" mais profunda, que vai além da consciência. Lá, é como se fosse um compartimento cheio de arquivos de memórias, arquivos estes que surgiram a partir das seguintes duas possibilidades: por cada momento em que você passou algum tipo de impacto emocional (positivo ou negativo) na sua vida, ou por cada frase, ideia, evento ou crença que você ouviu ou viveu repetidamente durante um bom tempo.


Por exemplo: a frase "não fale com estranhos" provavelmente você ouviu constantemente das pessoas que te criaram. E está certo, infelizmente existem muitas pessoas de má índole por aí. Porém, essa frase entrou como um arquivo de memória, e até hoje você não fala com estranhos, não é mesmo?


Então, o que acontece? Quando você passa por alguma coisa hoje, o seu cérebro vai lá nesses "arquivos de memórias", acha algum evento que você já passou e que se pareça com o atual, julga se foi bom ou ruim e aí decide como você vai se comportar naquele momento. E isso tudo acontece em um intervalo de tempo tão curto que não dá nem para ser medido.


Lembrando que 95% das suas decisões, comportamentos e atitudes derivam dessa parte, ou seja, você está sendo escravo do seu subconsciente e não sabia. Até agora.


correntes que te prendem ao passado

Como quebrar, então, essas correntes?


Uma coisa é fato: não podemos mudar o passado. Porém, conseguimos ressignificá-lo.


Sim, é possível. O que eu sempre digo é que tudo o que somos hoje é consequência do que sofremos quando crianças. E quem sofre hoje não é você, adulto, e sim a sua criança interior que continua sofrendo.


O jeito como um adulto percebe e interpreta a realidade é bem diferente de uma criança. Uma coisa que hoje pode parecer banal para você, para uma criança pode ser um trauma. Muitos adultos hoje falam "bullying é normal, é brincadeira de criança", banalizando e negligenciando o que é um trauma na realidade de muitas crianças e adolescentes. E isso gera adultos com emoções reprimidas, depressão, ataques de ansiedade e diversos outros problemas psicossomáticos, que acabam não entendendo por que não são mentalmente saudáveis. Na Sessão do Despertar, criado por mim e desenvolvido a partir de Hipnose, Programação Neurolinguística e Neurociência, de uma forma bem resumida, você primeiro descobre a origem da sua depressão e, juntos, planejamos o seu tratamento e acompanhamento para resgatar o seu "EU" interior, acolher a sua criança e, assim, ressignificar (olhando com outros olhos e perspectiva) os seus traumas. Esse é um método extremamente eficaz e rápido para você "desentupir" a sua vida; pensa como se ela fosse um cano entupido e você está tentando pegar água dali, você mexe na torneira e nada. Claro, porque isso é mexer no sintoma, e o problema está lá na raíz; neste caso, no encanamento.


Tratar o sintoma é tomar remédios, por exemplo; é remediar algo que já está te prejudicando. Mas isso lida com o problema? Pode até ser, se você gostar de ficar dependendo de fatores externos e de tarjas pretas. Porém, eu acredito que seja muito mais eficaz tratar a raíz diretamente, e aí você colhe os frutos depois e de forma natural.


Eu acredito que não tenha pessoa melhor para te ajudar do que aquela que sabe pelo o que você está passando. Eu me livrei da depressão em uma sessão de hipnoterapia e foi ali que eu entendi o meu propósito: ajudar as pessoas a saírem do mesmo buraco que eu estava. Tudo o que eu passei até ali me serviu para ter empatia com quem me procurasse, e o melhor de tudo é que eu sou uma prova viva de que tudo isso é possível.


Entenda mais sobre a Sessão do Despertar aqui.


Estou te aguardando!


Pimen Nakano, criadora do Método FÊNIX de Renascimento

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